sábado, 3 de abril de 2010

AGENDA POLITICA VERDE E ECOLÓGICA

Já alertámos várias vezes para a necessidade de uma cada vez maior afirmação de uma agenda política verde e ecológica orientada para a racionalização dos gastos energéticos e para o desenvolvimento de estratégias que nos levem à auto-suficiência energética, nas suas diversas vertentes.
Isto representa um reforço do conceito de Região sustentável que já é uma referência identitária dos Açores, a nível nacional e até internacional.
Recorde-se, por exemplo, as referências da Revista National Geografic sobre os Açores como 2ª melhor região do mundo para turismo sustentável ou as afirmações do director do MIT-Portugal quando dizia que a sua convicção é a de que será possível até 2018 transformar os Açores numa região que tenha pelo menos 75 a 80 por cento da sua electricidade fornecida por recursos renováveis. Estes factos e afirmações são a evidência de um esforço considerável de projecção dos Açores e de implementação de políticas de conservação do nosso património ambiental e paisagístico, uma das nossas maiores riquezas.
No seguimento dessa estratégia, em coerência com os passos que os Açores têm dado em termos de sustentabilidade ambiental, a Juventude Socialista Açores levará ao Parlamento Regional uma proposta legislativa que visa a divulgação anual das facturas energéticas na Administração Pública Regional e Local, com os respectivos planos de poupança energética, contribuindo para a diminuição e estabilização de consumos e para a implementação de planos alternativos.
Numa perspectiva global de racionalização de gastos energéticos, devem ser as entidades públicas as primeiras a dar o exemplo. A responsabilização colectiva impõe, da parte da administração pública um comportamento exemplar que terá consequências numa maior consciencialização pública e numa maior dinamização das medidas de promoção da eficiência energética.
Em boa verdade, há muito que a Juventude Socialista realça a importância da sustentabilidade energética. Recordo que no último Congresso Regional elegemos a sustentabilidade ambiental e a afirmação de uma agenda política “verde” como um dos vectores do nosso mandato.
Devido à crescente escassez de recursos que uma evolução desregulada tem proporcionado, exige-se grande atenção aos equilíbrios ambientais.
A história e a realidade actual mostram-nos que, muitas vezes, a maioria das vezes, a vontade do homem sobrepõe-se à quantidade de recursos existentes.
É necessário inverter este ciclo, e as novas gerações e as entidades públicas têm grandes responsabilidades nesse grande objectivo promovendo uma política energética, que caminhe para uma economia de baixo consumo de energia, mais segura, mais competitiva e mais duradoura, no seguimento de uma estratégia global no âmbito da aposta em energias renováveis e em auto-suficiência energética.
Mas temos de continuar este caminho, com a introdução de novos paradigmas.
Temos de ir mais longe. Temos de dar especial atenção à proliferação de iluminações públicas de grande consumo e a investigação no âmbito das renováveis e a sua aplicação nos Açores não pode ficar circunscrita ao sector eléctrico. Apesar de tal sector ser importante, temos de implementar uma estratégia paralela no âmbito dos transportes, das moradias e dos edifícios. Esta proposta da Juventude Socialista contribui para essa estratégia, dando especial atenção aos edifícios públicos.

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