quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

ESCLARECER EQUIVOCOS

A circunstância da JSD ter aplaudido uma iniciativa da JS é motivo de orgulho e esperança para nós. Não fosse o caso da JSD ter percebido mal (ou não ter querido perceber!) a nossa proposta e estaríamos agora, nestas linhas, a, com a humildade democrática que a nossa história comprova, a agradecer tal elogio. Porém, a JSD vem de encontro à JS, em vez de vir ao encontro, o que, convenhamos, mudando a preposição muda-se tudo. E ao invés de nos saudar, a JSD ataca-nos. Não percebemos bem a atitude. Estamos mais habituados a uma JSD passiva, sem ideias próprias e aos silêncios do seu líder (como se verificou no plenário de discussão do Plano e Orçamento para 2010, quando se falou de Juventude).
Ora bem, a JS o que propõe é a criação de uma comissão especializada eventual sobre a prevenção dos comportamentos de risco. Comissão essa que queremos que seja criada no Conselho de Juventude dos Açores, que desenvolva um trabalho sobre a prevenção de comportamentos de risco nas suas diversas vertentes.
Pretendemos abordar esta questão de forma abrangente, com o contributo das associações e federações juvenis que têm assento no Conselho de Juventude dos Açores, podendo criar um documento com propostas no âmbito da prevenção deste tipo de comportamentos na perspectiva dos jovens e das associações representativas desta faixa etária.
E a nossa pretensão, é claro, não foi entendida pela JSD que logo se apressou a fazer a relação do costume: comportamentos de riscos = toxicodependência. A atitude não nos é estranha. É dela (da JSD) que emanou o princípio da confusão recorrente entre toxicodependentes e traficantes; da confusão entre prevenção com segurança e intervenção policial, por exemplo. Foi ela (a JSD) que defendeu um retrocesso na Lei 30/2000 que define o regime jurídico aplicável ao consumo de estupefacientes que tantos elogios internacionais tem recebido como caso de sucesso (veja-se, por exemplo, o trabalho de Glen Greenwald “Drug Descriminalization in Portugal, Lessons for creating fair and successfull drug policies”) ou foi ela que se insurgiu publicamente contra o Centro de Reabilitação Juvenil do Livramento, apenas por preconceito.
Afirmar que “a JS vai ao encontro da JSD” nesta matéria é um grande equívoco, e chega a ser assustador pensar que a JS poderia ter alguma afinidade ideológica sobre este assunto com esta JSD preconceituosa.
Espera-se que o PSD dê um contributo sério e esclarecido neste assunto e que não o utilize como arma de arremesso político como faz a sua juventude partidária.

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